blog sobre o problema do mundo actual que é a Sida

Monday, May 07, 2007

HIV - SIDA: Problema do Mundo Actual

O que é a SIDA?
A síndrome da imunodeficiência adquirida, SIDA, é o conjunto de sintomas e infecções em seres humanos resultando no dano específico do sistema imunológico ocasionado pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, HIV. O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é um lentivírus da família dos retrovírus. É constituído por moléculas de ácido ribonucleico (ARN), com uma única cadeia e possui envelope formado por proteínas. O alvo principal são os linfócitos TCD4, fundamentais para a coordenação das defesas do organismo. O vírus tem que entrar no sistema sanguíneo para poder multiplicar-se. Ele infecta e multiplica-se dentro dos linfócitos T4, também conhecidos como células CD4, que fazem parte do sistema imunológico. Ao penetrar na célula, o HIV transforma o seu código genético de ARN em ADN, o que é possível através de uma enzima chamada transcriptase reversa, que lhe permite replicar-se e destruir estas células. Para completar o seu ciclo de reprodução, o vírus utiliza ainda outras duas enzimas, a protease e a integrase. As células CD4 são um elemento fundamental do sistema imunológico, porque são estas que informam outras células sobre a necessidade de combater vírus. O HIV destroi as células CD4 e quando a sua contagem baixa, a resposta do organismo torna-se deficiente. O vírus cria, diariamente, dez milhões de novos vírus, destruindo outro tanto de células CD4. Todos os dias o organismo produz quase a mesma quantidade de células CD4 para repor a diferença, mas, a partir de certa altura, não consegue aguentar este ritmo. Se a contagem diminui para menos de 200 unidades por mililitro de sangue, diz-se que o seropositivo passou a ter SIDA. O vírus começa a multiplicar-se assim que entra no sistema sanguíneo da pessoa infectada, mas podem passar algumas semanas até que o organismo comece a produzir anticorpos. Nesta altura o colapso do sistema imune é possível, abrindo caminho a doenças oportunistas e tumores que podem matar o doente. Existem tratamentos para a SIDA e o HIV que diminuem a progressão viral, mas não há nenhuma cura conhecida.

*Mapa do mundo onde se verifica maior e menor incidência da Sida

O que é o HIV e como actua?
O HIV é um retrovírus, ou seja é um vírus com genoma de RNA, que infecta as células e, através da sua enzima transcriptase reversa, produz uma cópia do seu genoma em DNA e incorpora o seu próprio genoma no genoma humano, localizado no núcleo da célula infectada. O HIV é quase certamente derivado do vírus da imunodeficiência símia. Há dois vírus HIV, o HIV que causa a SIDA típica é o vírus de imunodeficiência humana mais predominante, presente em todo o mundo, e o HIV-2, que causa uma doença em tudo semelhante, transmite-se com menos facilidade e o período entre a infecção e a doença é mais prolongado, mais frequente na África Ocidental, e também existente em Portugal. As diferenças mais importantes entre eles são: o HIV é mais "agressivo", sendo mais rápido na destruição do sistema de defesa do organismo humano - o sistema imunológico. A evolução da doença é mais rápida nos doentes com HIV, comparativamente aos doentes com HIV-2. O período assintomático de infecção é, em média, de 10 anos para o HIV e de 30 anos para o HIV-2. O HIV transmite-se mais facilmente, ou seja, o contágio de pessoa a pessoa é mais provável do que para o HIV-2. No Mundo, existem muito mais pessoas infectadas pelo HIV do que pelo HIV-2
O HIV responde melhor e de forma mais previsível aos medicamentos anti-retrovíricos. Alguns dos medicamentos disponíveis são eficazes contra o HIV mas não contra o HIV-2.
O HIV reconhece a proteína de membrana CD4, presente nos linfócitos T4 e macrófagos, e pode ter receptores para outros dois tipos de moléculas presentes na membrana celular de células humanas: o CCR5 e o CXCR4. O CCR5 está presente nos macrófagos e o CXCR4 existe em ambos macrófagos e linfócitos T4, mas em pouca quantidade nos macrófagos. O HIV acopla a essas células por esses receptores (que são usados pelas células para reconhecer algumas citocinas, mais precisamente quimiocinas), e entra nelas fundindo a sua membrana com a da célula. Cada virion de HIV só tem um dos receptores, ou para o CCR5, o virion M-trópico, ou para o CXCR4, o virion T-trópico. Uma forma pode-se converter na outra através de mutações no DNA do vírus, já que ambos os receptores são similares.
A infecção por HIV normalmente é por secreções genitais ou sangue. Os macrófagos são muito mais frequentes que os linfócitos T4 nesses líquidos, e sobrevivem melhor, logo os virions M-trópicos são normalmente aqueles que transmitem as infecções. No entanto, como os M-trópicos não invadem os linfócitos, eles não causam a diminuição dos seus números, que define a SIDA. No entanto, os M-trópicos multiplicam-se e rapidamente surgem virions mutantes que são T-trópicos.
Os virions T-trópicos são pouco infecciosos, mas como são invasores dos linfócitos, são os que ultimamente causam a imunodeficiência. É sabido que os raros indivíduos que não expressam CCR5 por defeito genético não adquirem o vírus da HIV mesmo se repetidamente em risco.
O HIV causa danos nos linfócitos, provocando a sua morte celular, devido à enorme quantidade de novos virions produzidos no seu interior, usando a sua maquinaria de síntese de proteínas e de DNA. Outros linfócitos produzem proteínas do vírus que expressam nas suas membranas e são destruídos pelo próprio sistema imunitário. Nos linfócitos em que o vírus não se replica mas antes se integra no genoma nuclear, a sua função é afectada, enquanto nos macrófagos produz infecção latente na maioria dos casos. Julga-se que os macrófagos sejam um reservatório do vírus nos doentes, sendo outro reservatório os gânglios linfáticos, para os quais os linfócitos infectados migram, e onde disseminam os virions por outros linfócitos aí presentes.
A resposta imunitária ao HIV nas primeiras semanas de infecção é eficaz em destruí-lo, mas as concentrações de linfócitos nos gânglios linfáticos devido à resposta vigorosa levam a que os virions sobreviventes infectem gradualmente mais e mais linfócitos, até que a resposta imunitária seja revertida. A reacção eficaz é feita pelos linfócitos T8, que destroiem todas as células infectadas. Contudo, os T8, como todo o sistema imunitário, está sob controlo de citocinas (proteínas mediadoras) produzidas, pelos T4, que são infectados. Eles diminuem em número com a progressão da doença, e a resposta inicialmente eficaz dos T8 vai sendo enfraquecida. Além disso as constantes mutações do DNA do HIV mudam a conformação das proteínas de superfície, dificultando continuamente o seu reconhecimento.
Desde o momento em que se adquire a infecção até que surjam sintomas de doença decorre um período de tempo, designado como fase assintomática da infecção pelo HIV, que pode durar em média 8 a 10 anos, em que a pessoa infectada não tem qualquer sintoma e se sente bem. Nesta fase a infecção pode ser detectada apenas se efectuarem as análises específicas para o HIV. Esta é a fase da doença em que se diz que o indivíduo é seropositivo. No entanto, nalgumas pessoas este período pode ser apenas de dois ou três anos e noutras de 15 ou 20 anos.
Na evolução da infecção pelo HIV verifica-se uma destruição progressiva do sistema de defesa do organismo humano (o sistema imunológico) com estabelecimento de um estado de imunodepressão que permite o aparecimento de infecções oportunistas e determinados tipos de tumores. Quando uma pessoa infectada pelo HIV tem uma destas infecções oportunistas ou tumores passa a dizer-se que já tem SIDA. Após o aparecimento de uma infecção oportunista, o tempo médio de sobrevivência é de cerca de um ano e meio, na ausência de tratamento anti-retrovírico. No entanto, com os medicamentos actualmente disponíveis para o tratamento desta infecção a sobrevivência dos doentes pode ser muito mais longa desde que se cumpra rigorosamente o tratamento e as restantes indicações médicas. Actualmente existem algumas pessoas que vivem com esta infecção há mais de 20 anos. Quer um seropositivo, quer um indivíduo com SIDA podem transmitir a infecção a outras pessoas através de comportamentos de risco.
Para concluir resta dizer que fora do organismo humano, à temperatura ambiente, o vírus pode sobreviver cerca de uma hora. E permanece vivo no sangue coagulado durante mais tempo. *Vírus da Sida

Como se transmite a doença e de que forma é que se tem verificado sua a progressão?
A infecção por HIV é por via sexual (sémen, fluidos vaginais, dos fluidos pré-ejaculatórios dos seropositivos), intravenosa (sangue), e/ou mãe-filho (mãe seropositiva, leite materno). O HIV não se transmite pelo ar nem penetra no organismo através da pele, precisando de uma ferida ou de um corte para penetrar no organismo. O HIV pode encontrar-se nas lágrimas, no suor e na saliva de uma pessoa infectada, contudo, a quantidade de vírus é demasiado pequena para conseguir transmitir a infecção. É durante a fase aguda da infecção, que ocorre de uma a quatro semanas após a entrada do vírus no corpo, que existe maior perigo de contágio, devido à quantidade elevada de vírus no sangue. A forma mais perigosa de transmissão é através de uma seringa com sangue contaminado, já que o vírus entra directamente na corrente sanguínea e é uma das formas de transmissão mais frequentes. A transmissão por via sexual nas relações heterossexuais é mais comum do homem para a mulher, do que o contrário, porque o sémen é mais virulento do que os fluidos vaginais, mas ambos podem ser infectados pelo outro porque as secreções vaginais contêm vírus e o contacto do pénis, nomeadamente da glande, com estas secreções infectadas, durante a relação sexual, é a forma de transmissão da infecção da mulher infectada para o homem. O contágio pode ocorrer em todos os tipos de relação, seja vaginal, anal ou oral, já que as secreções vaginais ou esperma, mesmo que não entrem no organismo, podem facilmente contactar com pequenas feridas e cortes existentes na vagina, ânus, pénis e boca. No caso do sexo oral, a quantidade de vírus existente na saliva é pouco significativa. No entanto quando a saliva está contaminada com sangue e existe contacto desta saliva com a mucosa genital, existe uma probabilidade, ainda que pequena de contágio. Se existir contacto da mucosa da boca com secreções vaginais ou sémen infectados, também existe probabilidade de infecção. O sexo anal é a prática sexual de mais alta taxa de transmissão, seja entre dois homens ou entre uma mulher e um homem, visto que durante uma relação sexual anal existe um maior grau de traumatismo do que durante uma relação sexual vaginal. Existe maior probabilidade de ocorrência de pequeníssimas lesões (feridas) na mucosa anal que facilitam o contágio e ocorrência de infecção. O sexo vaginal violento resulta em taxas de infecção muito altas, devido às micro-hemorragias genitais. De mãe para filho, o vírus pode ser transmitido durante a gravidez, o parto ou, ainda, através da amamentação.
A manifestação da doença por HIV é semelhante a uma gripe ou mononucleose infecciosa e ocorre de 2 a 4 semanas após a infecção. Pode haver febre, mal-estar, linfadenopatia (gânglios linfáticos inchados), eritemas (vermelhidão cutânea), e/ou meningite víral. Estes sintomas são largamente ignorados, ou tratados enquanto gripe, e acabam por desaparecer, sem tratamento, após algumas semanas. Nesta fase há altas concentrações de vírus, e o portador é altamente infeccioso, transmitindo o vírus aos seus contactos sexuais.
A segunda fase é a da quase ausência do vírus, que se encontra apenas nos reservatórios dos gânglios linfáticos, infectando gradualmente mais e mais T4s, e nos macrófagos. Nesta fase, que dura vários anos, o portador é seropositivo, mas não desenvolveu ainda SIDA. Não há sintomas, e o portador pode transmitir o vírus a outros sem saber. Os níveis de T4 diminuem lentamente e ao mesmo tempo diminui a resposta imunitária contra o vírus HIV, aumentando lentamente o seu número, devido à perda da coordenação dos T4 sobre os eficazes T8 e linfócitos B (linfócitos produtores de anticorpo).
A terceira fase, a da SIDA, inicia-se quando o número de linfócitos T4 desce abaixo do nível crítico (200/ml), o que não é suficiente para haver resposta imunitária eficaz a invasores. Começam a surgir cansaço, tosse, perda de peso, diarreia, inflamação dos gânglios linfáticos e suores nocturnos, devidos às doenças oportunistas, como a pneumonia por Pneumocystis jiroveci, os linfomas, infecção dos olhos por citomegalovírus, demência e o sarcoma de Kaposi. Ao fim de alguns meses ou anos advém inevitavelmente a morte.
Excepções a este esquema são raras. Os muito raros "long term non-progressors" são aqueles indivíduos que permanecem com contagens de T4 superiores a 600/ml durante longos períodos. Estes indivíduos talvez tenham uma reacção imunitária mais forte e menos susceptível à erosão contínua produzida pelo vírus, mas detalhes ainda são desconhecidos.
Calcula-se que mais de 15 000 pessoas sejam infectadas por dia em todo o mundo (dados de 1999); 45 milhões estão actualmente infectadas, e 3 milhões morrem a cada ano. A esmagadora maioria dos casos ocorrem na África, onde a principal forma de transmissão é o sexo heterossexual, e o uso de prostitutas. Regiões em risco com alto crescimento de novas infecções são a Europa de Leste, a Índia e o Sudoeste Asiático. No Brasil vivem mais que 650 000 (320 000 - 1 100 000) pessoas de idade entre 15 e 49 anos com o HIV (estimativa da WHO - UNAIDS). A taxa de infecção de consumidores de heroína ronda os 80% em muitas cidades europeias e americanas.
As populações de risco são pessoas homossexuais ou heterossexuais sexualmente activas com múltiplos parceiros; os toxicodependentes que usam agulhas, prostitutas, filhos recém-nascidos de seropositivas. Outro grupo de risco são os profissionais da saúde, médicos, enfermeiros e outros que lidam frequentemente com seropositivos (conhecidos ou não). Uma pequena ferida quase indetectável na mão do médico quando examina um paciente ferido e com sangue, ou um acidente com agulhas, pode ser o suficiente, em 1% dos casos, para o infectar. As transfusões de sangue e derivados de sangue já não são perigosas devido a rigorosos regimes de controle e detecção de vírus.
A transmissão é por sémen, sangue e secreções vaginais. O HIV não pode ser transmitido, absolutamente, por toque casual, beijos, espirros, tosse, picadas de insectos, água de piscinas, ou objectos tocados por seropositivos.

*Legenda das doenças mais oportunistas

Como prevenir a infecção desta doença?
O mais importante para prevenir esta doença é fazer campanhas de informação e sensibilização, sobretudo junto aos jovens. Por exemplo, deve-se comunicar que a prevenção é feita utilizando preservativos nas relações sexuais. A troca de agulhas para toxicodependentes também é importante, já que as agulhas usadas contaminadas são uma origem frequente da contaminação. É, também, preciso ter atenção à utilização de objectos, uma vez que, se estiverem em contacto com sémen, fluidos vaginais e sangue infectados, podem transmitir o vírus. O uso de preservativo diminui em muito a taxa de transmissão, mas não é 100% seguro. Eles rompem-se facilmente, e é teoricamente possível, apesar de extremamente improvável, vírus passarem nos poros do preservativo. Além dos preservativos comuns, vendidos em farmácias e supermercados, existem outros, menos vulgares, que podem ser utilizados como protecção durante as mais diversas práticas sexuais. Apesar do uso de preservativo diminuir radicalmente o risco de infecção, só a abstinência de relações é totalmente segura. O uso de preservativo é essencial mesmo quando as duas pessoas são seropositivas. Se não usarem preservativo, de cada vez que tiverem uma relação sexual estão a reinfectar-se mutuamente o que pode piorar ou acelerar a evolução da doença de cada um. Por outro lado, os vírus de cada um podem ser diferentes, nomeadamente no que diz respeito à sensibilidade e resistência aos medicamentos anti-retrovíricos. Não utilizando preservativo, corre-se o risco de adquirir um vírus com resistência aos anti-retrovíricos e comprometer, assim, o sucesso do tratamento. Nos casos em que o indivíduo seropositivo tem um parceiro seronegativo deve discutir sobre o acto sexual sem protecção com o seu médico antes da ocorrência do mesmo. Actualmente, após o acto sem protecção, existe indicação para se fazer uma prevenção da infecção, com utilização de medicamentos no indivíduo seronegativo. Não existe certeza absoluta quanto à eficácia desta medida de prevenção. No entanto, quando existe indicação para tomar, isso deve fazer-se o mais cedo possível após a ocorrência do acidente. Assim, é aconselhável procurarem ambos o médico que segue a pessoa seropositiva a fim de serem tomadas as medidas mais adequadas a cada situação. O acto sexual sem protecção é considerado um comportamento de risco. Uma única situação de comportamento de risco com uma pessoa seropositiva não é indicativa de ocorrência de infecção. Pode ou não acontecer e é impossível determinar quando e se vai acontecer. Existem algumas pessoas que são naturalmente resistentes à infecção por não possuírem receptores para o vírus. Nas células CD4 existem proteínas às quais o vírus se tem que ligar para poder entrar na célula. Muito raramente, pode acontecer que essas proteínas sejam diferentes das normais, sendo que, neste caso, o vírus não consegue ligar-se a elas nem entrar nas células, e, portanto, a infecção não acontece. No caso de haver infecção devem-se fazer os testes necessários para verificar se está infectada ou não. Não existe uma correlação directa entre os resultados dos testes para o HIV de dois parceiros sexuais, ou seja, o companheiro de uma pessoa com um teste positivo pode ter um teste positivo ou negativo. Também o companheiro de alguém cujo teste seja negativo, pode ter um teste positivo ou negativo. A resposta definitiva só poderá ser dada pelo resultado das análises.
Quando se fazem as análises para pesquisa dos anticorpos para o HIV e o resultado é positivo, significa que a pessoa está infectada por este vírus e que pode transmitir a infecção para outras pessoas através de comportamentos de risco. Significa também que essa pessoa tem uma infecção crónica de evolução lenta, para a qual não existe cura, que destroi lentamente as defesas do seu organismo e que, no futuro, poderá ter infecções e alguns tipos de tumores que se associam a uma imunodepressão. Uma pessoa que descobriu estar infectada deve procurar apoio médico para sua orientação. Precisará de consultas médicas e análise periódicas para avaliação da sua situação clínica e da necessidade de efectuar ou não tratamento com medicamentos específicos para o HIV. Esta vigilância médica periódica é essencial para evitar o aparecimento das manifestações oportunistas - infecções e/ou tumores - ou seja, para impedir que a pessoa fique gravemente doente. Qualquer pessoa que sabe estar infectada pelo HIV deverá adoptar comportamentos seguros para não correr o risco de contagiar outras pessoas e, também, não se infectar com outros agentes infecciosos.
*Campanha contra a Sida incentivando o uso do preservativo

Como se pode saber se se tem o vírus HIV?
O diagnóstico de seropositividade é naturalmente por serologia, ou seja detecção dos anticorpos produzidos contra o vírus com um teste ELISA (Enzime Linked Immuno-Sorbent Assay). O teste ELISA é um teste de rastreio, de fácil e rápida execução. É muito sensível e específico para o diagnóstico da infecção pelo HIV. Eles são sempre os primeiros a serem efectuados, contudo dão resultados positivos falsos, por vezes. Por isso é efectuado nos casos positivos um teste, muito mais específico e caro, designado de western blot, para confirmar antes de se informar o paciente. Enquanto o teste ELISA detecta os anticorpos contra proteínas específicas do HIV de forma global, o teste de western blot detecta-os individualmente. A execução de um teste de western blot é mais demorada e tecnicamente mais complicada o que justifica que só seja utilizado para confirmar um teste de ELISA positivo. Eles não detectam a presença do vírus nos indivíduos recentemente infectados. A detecção do DNA viral pela técnica de PCR também é utilizada, assim como a contagem de linfócitos T4. As primeiras análises a um infectado podem dar um resultado negativo se o contágio foi recente, por isso, os testes devem ser repetidos quatro a seis semanas e três meses após a primeira análise. O período em que a pessoa está infectada, mas não lhe são detectados anticorpos, chama-se «período de janela». Com os testes actualmente disponíveis é possível detectar a infecção mais cedo e reduzir este «período de janela» para 3 a 4 semanas. No entanto, algumas pessoas podem ter uma resposta mais lenta à infecção, com formação mais lenta de anticorpos, o que significa que o diagnóstico da infecção através destes testes será mais tardio e, portanto, o «período de janela» mais longo. Com os testes actualmente disponíveis para o diagnóstico desta infecção, na maioria dos casos, o diagnóstico é possível entre a 3ª semana e o 3º mês após o contágio.
Aos seropositivos realizam-se também testes de carga vírica para avaliar o nível de HIV no sangue. Estes, juntamente com os exames para efectuar a contagem de células CD4, são fundamentais para fazer um prognóstico sobre a evolução da doença. Se a carga vírica for elevada e a contagem das células CD4 baixa, e se o seropositivo não começar a fazer tratamento, a doença progredirá rapidamente. Os testes à carga vírica são, igualmente, importantes para avaliar a reacção do doente aos tratamentos. Os dois exames são, geralmente, repetidos de três em três meses.
No caso dos recém-nascidos, filhos de mãe seropositiva, os testes aos anticorpos só têm completa validade ao fim de 18 meses, já que os anticorpos existentes no seu organismo podem ter sido herdados da mãe. Ao fim desse período, se a criança não apresentar anticorpos é porque o VIH não se encontra presente e o bebé torna-se seronegativo. Nestes casos, pode também fazer-se uma análise para detectar a presença de material genético do vírus.
Qualquer indivíduo que tenha uma infecção com um organismo incapaz de ultrapassar o sistema imunitário de pessoas normais deve ser suspeito de ter síndroma de imunodeficiência adquirida.
*Teste ELISA

*Serologia

O que são doenças oportunistas e como se verificam no doente?
As doenças oportunistas são doenças causadas por agentes, como outros vírus, bactérias e parasitas, que são comuns mas normalmente não causam doença ou causam apenas doenças moderadas, devido à resposta imunitária eficiente. No doente com SIDA, manifestam-se como doenças potencialmente mortais:
Infecções por vírus: Citomegalovirus, Herpes simples, Epstein-Barr;
Infecções por bactérias: Mycobacterium avium-intracelulare, outras microbactérias que normalmente não causam doenças, Mycobacterium tuberculosis, Salmonella, outras.;
Infecções por fungos: Candidíase dos pulmões ou esófago, pneumonia por Pneumocystis carinii; Criptococose, Histoplasmose, Coccidiomicose;
Infecções por parasitas: Toxoplasmose, Criptosporidiose, Isosporidiose;
Neoplasias: cancros como linfoma e linfoma de Hodgkins, causado pelo vírus Epstein-Barr, sarcoma de Kaposi .
Outras condições incluem encefalopatia causada por HIV que leva à demência e é uma acção directa do vírus nos micróglios (células cerebrais semelhantes a macrófagos) que infecta. Um achado característico é a leucoplaquia pilosa (placa branca pilosa na boca) devida ao vírus Epstein-Barr.
Quando se adquire a infecção pelo HIV pode não se ter qualquer sintoma ou, então, ter um quadro febril tipo gripal. Em seguida, o doente fica sem sintomas durante um período variável que pode ser de anos, em média de 8 a 10 anos, sentindo-se bem. Nesta fase, como em todas as fases da infecção, existe possibilidade de transmissão da doença a outras pessoas. Após este período assintomático, surge a fase sintomática da infecção em que o doente começa a ter sintomas e sinais de doença, indicativos da existência de uma diminuição das defesas do organismo. O doente pode referir cansaço não habitual, perda de peso, suores nocturnos, falta de apetite, diarreia, queda de cabelo, pele seca e descamativa, entre outros sintomas. Podem surgir algumas manifestações oportunistas como a candidose oral (infecção da boca por fungos), candidoses vaginais de repetição, um episódio de herpes zoster ("zona"), episódios de herpes simples de repetição (oral ou genital), etc. Mais tarde podem surgir infecções graves, como tuberculose, pneumonia por Pneumocystis carinii, meningite, o citomegalovirus (um vírus que afecta os olhos e os intestinos), a toxoplasmose (que pode causar lesões graves no cérebro), a criptosporidiose (uma doença intestinal), o sarcoma de Kaposi (uma forma de cancro que provoca o aparecimento de pequenos tumores na pele em várias zonas do corpo e pode, também, afectar o sistema gastrointestinal e os pulmões), entre outras manifestações oportunistas possíveis e indicadoras de uma grave imunodepressão (diminuição acentuada das defesas do organismo humano).
A SIDA provoca ainda perturbações como perda de peso, tumores no cérebro e outros problemas de saúde que, sem tratamento, podem levar à morte. Esta síndrome manifesta-se e evolui de modo diferente de pessoa para pessoa.

*Criptobyosporis
*Cytomegalovirus

De que forma se tem verificado a transmissão da doença em Portugal?
O HIV é caracterizado por um alto grau de variabilidade genética que resulta da rápida acumulação de mutações e de recombinações. Com base em reconstruções filogenéticas utilizando sequências de ADN, o HIV pode ser dividido em três grupos: grupo O, grupo M e grupo N. A maioria das sequências analisadas pertence ao grupo M. O grupo M é composto por nove subtipos filogeneticamente distintos, os subtipos A, B, C, D, F, G, H, J e K. Os vírus do grupo O e M divergem entre si cerca de 47% ao nível das sequências de aminoácidos do gene ENV. Dentro do grupo M, vírus pertencentes ao mesmo subtipo genético divergem entre si cerca de 3-23%; vírus pertencentes a subtipos diferentes podem ter divergências de 25-35%.
O subtipo de HIV predominante a nível mundial é o subtipo C. É responsável pela maior parte das infecções na África Oriental e do Sul. Foi também detectado na Europa, China, Índia e Brasil. O subtipo A é sobretudo prevalecente na África Central, mas também foi encontrado na Europa, Ásia Oriental e América. Vírus do subtipo G foram encontrados em África mas também na Rússia, Suécia e Bélgica. Os vírus do subtipo B são os vírus prevalecentes na América do Norte e do Sul, na Europa e na Austrália. Foram também já detectados em numerosos outros locais incluindo Tailândia, Japão, África, China, Malásia e Índia. Os CRFs_AE (anteriormente designados de subtipo E) estão associados à epidemia de SIDA sobretudo na Tailândia e China. Foram também já detectados em diferentes países Africanos, na América do Norte e do Sul, Japão, França e Índia. A maior parte dos cerca de indivíduos infectados por HIV do grupo O são residentes ou originários da África Central, sobretudo dos Camarões. Assim, todos os subtipos genéticos estão presentes na África Central, enquanto que apenas um ou dois subtipos predominam noutras partes do mundo. No entanto, dada a elevada mobilidade da maior parte das pessoas em risco de contrair a infecção pelo HIV, é inevitável a progressiva disseminação mundial de todos os subtipos de HIV.
A co-circulação de múltiplos subtipos de HIV num único local favorece episódios de co-infecção, que por sua vez levam ao aparecimento de estirpes virais recombinantes que podem ser viáveis e transmissíveis. Quando os vírus recombinantes se transmitem entre diferentes hospedeiros e originam novas infecções, são designados de formas recombinantes circulatórias (CRFs). Actualmente estão descritos CRFs que resultam da recombinação entre HIV do subtipo A e E (CRF_AE), A e G (CFR_AG), A e B (CFR- AB) e A, G, K e U (U significa sequência genética por classificar) (CRF_AGKU). Recentemente foram também detectados recombinantes entre vírus do grupo M e do grupo O.
A epidemia de SIDA em Portugal tem características específicas que a distinguem da maior parte dos países Europeus. Por um lado o grupo de transmissão que mais contribui para a presente epidemia de SIDA provocada pelo HIV são os drogados endovenosos. Por outro, a presença no país de numerosos indivíduos Africanos provenientes dos Países Africanos de Expressão Portuguesa (PALOPs), bem como os contactos frequentes de Portugueses com estas comunidades Africanas, permitem prever uma elevada heterogeneidade dos subtipos de vírus HIV em circulação em Portugal. Para caracterizar a especificidade da epidemia de SIDA em Portugal e acompanhar a evolução do HIV em Portugal, factores fundamentais para que no futuro se possa prever e controlar eventuais modificações dos actuais padrões epidemiológicos da SIDA, é fundamental conhecer a heterogeneidade molecular da infecção pelo HIV em Portugal e a estudar a sua correlação com os grupos de transmissão e origem geográfica da população. Neste trabalho, caracterizámos genética e serologicamente as estirpes de HIV em circulação em Portugal. São apresentados adicionalmente dois estudos que ilustram a importância da caracterização genética do HIV para o controlo e vigilância epidemiológica da SIDA em Portugal.

De que forma se tem combatido contra a transmissão da doença em Portugal?
Em Portugal o programa "Diz não a uma seringa em segunda mão" é o resultado de uma parceria entre a Comissão Nacional de Luta contra a SIDA ( CNLCS) e a Associação Nacional das Farmácias (ANF) representante da maioria das Farmácias existentes em Portugal. Neste momento é o Ministério da Saúde (IGIF) que suporta os custos do Kit SIDA.
O Kit SIDA é composto por:
Duas seringas estéreis;
Dois toalhetes embebidos em álcool a 70º;
Um preservativo;
Uma ampola de água bi-destilada;
Um filtro;
Uma bula com informação prática sobre comportamentos que permitem reduzir os riscos de transmissão da SIDA e das hepatites.
Os Farmacêuticos Portugueses nas Farmácias aderentes ao programa, assim como dois postos móveis, trocam gratuitamente aos toxicodependentes duas seringas por um Kit, sendo as seringas já utilizadas, colocadas num contentor especial , que é selado quando cheio. Esse contentor é recolhido e destruído posteriormente pela empresa Cannon Hygiene de Portugal.
Os Kits e contentores são entregues também gratuitamente às farmácias pelas Cooperativas de distribuição Farmacêutica - Codifar, Cofanor, Cofarbel, Cooprofar, Farbeira, Farcentro, União dos Farmacêuticos, e os armazenistas Farmadeira e Proconfar. Actualmente também estão envolvidas neste programa diversas Câmaras Municipais.
Neste momento também estão envolvidas neste projecto algumas ONG (Organizações não governamentais) que trabalham na problemática da toxicodependência:
ACEDA;
Acompanha;
Associação Abraço;
Associação Centro Jovem Tejo;
Associação de Beneficência Luso-Alemã - ABLA;
Associação Novo Dia.
Associação Novo Olhar - Coimbra;
Associação Novos Rostos, Novos Desafios;
Associação Pelo Prazer de Viver;
Associação Pica-pau;
Câmara Municipal de Fafe;
Caritas Diocesana de Coimbra;
Centro Comunitário Paróquia de Carcavelos - Concelho de Cascais;
Centro da Fonte da Prata;
Centro de Acolhimento de Alcântara;
Centro de aconselhamento DROPIN - zona do Intendente em Lisboa;
Centro de Saúde de Santiago;
Centro Social de Paramos;
Crescer na Maior;
Delegação Distrital de Braga da Cruz Vermelha Portuguesa;
Desafio jovem;
Espaço Pessoa;
Fundação AMI - Porta Amiga das Olaias - Lisboa;
Fundação AMI - Porta Amiga de Almada;
Gabinete de Atendimento à Família;
Instituto Piaget;
LPPS - Liga portuguesa de Profilaxia Social;
Movimento de Apoio à Problemática da SIDA (MAPS) - Algarve;
Nortevida - Associação para a Promoção da Saúde;
Projecto Arrimo - Fundação Filos;
Projecto Autoestima - Braga, Viana do Castelo e Matosinhos;
Projecto STOP-SIDA - Coimbra;
Prosalis;
VITAE - Centro de Acolhimento do Beato.
Desde Outubro de 1993 até Dezembro de 2004, foram trocadas cerca de 33 milhões de seringas (mais de 15 milhões só em Lisboa e mais de 6 milhões no Porto), mostrando a grande capacidade das farmácias portuguesas em colaborar na defesa da Saúde Pública. Até Dezembro de 2004, foram notificados 25.968 casos de infecção HIV/SIDA, segundo dados fornecidos pelo Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
*Campanha de distribuição de seringas

A História da Sida

Calcula-se que as primeiras infecções ocorreram em África na década de 1930. Julga-se que terá sido inicialmente contraído por caçadores africanos de símios que provavelmente se feriram e ao carregar o animal, sujaram a ferida com sangue infectado deste. O vírus terá então se espalhado nas regiões rurais extremamente lentamente, tendo migrado para as cidades com o início da grande onda de urbanização em África nos anos 1960.
Uma amostra sanguínea de 1959 de um homem de Kinshasa, República Democrática do Congo, foi analisada recentemente e revelou-se seropositiva.
Os primeiros registos de uma morte por SIDA remontam a 1976, quando uma médica dinamarquesa contraiu a doença no Zaire (hoje República Democrática do Congo). No entanto só começaram a aparecer em 1980 vários casos inexplicáveis de doenças oportunistas em homossexuais nos Estados Unidos, nas cidades de San Francisco, Los Angeles e Nova Iorque. A alta incidência dessas doenças chamou a atenção do centro de controlo de doenças dos Estados Unidos em 1981, quando publicaram o primeiro artigo que referenciava uma possível nova doença infecciosa, inicialmente vista como uma doença que afectava apenas os homossexuais. Devido à imunossupressão profunda que causava, comparável a alguns raros casos de imunossupressão de origem genética, ou seja, Síndroma de DiGeorge, foi denominada de Síndroma de imunodeficiência adquirida, em contraste com aqueles casos hereditários. Inicialmente foi largamente ignorada pela sociedade americana, até que, com as proporções da epidemia sempre crescentes, apareceram os primeiros casos de transmissão mãe-filho, toxicodependentes e de transfusão de sangue em 1982.
O agente causador da doença acabaria por ser descoberto pelo Instituto Pasteur de Paris em 1983 por Luc Montagnier. Os primeiros casos reconhecidos de SIDA em Portugal apareceram em 1983. No entanto há hoje indicações que os primeiros casos poderão ter sido contraídos já durante a guerra colonial na Guiné-Bissau, nos anos 1960 e 1970, e foram então ignorados.
A sua designação, que começou por ser a sigla do nome completo da doença em português, passou a ser considerada palavra no decorrer dos anos 1990.

*Luc Montagnier, o homem que descobriu o agente causador da doença

Sunday, May 06, 2007

Glossário HIV - SIDA

Ácido nucléico
Material genético presente em células e microorganismos. Gere a actividade celular nos seres vivos e proporciona a transferência de informações genéticas para outras gerações. No caso dos vírus, pode ser ácido desoxirribonucléico (ADN) ou ácido ribonucléico (ARN).


Adenóides
Tecido semelhante a uma glândula linfática (gânglio linfático) situado na parte posterior das fossas nasais, ou seja atrás do nariz, acima e atrás do palato mole (céu da boca).

ADN
Abreviatura de ácido desoxirribonucleico - ácido nucléico. Trata-se de uma macromolécula longa, formada pela junção de um grande número de nucleotídeos. Constitui uma espécie de código e é o portador da informação genética de geração em geração.

AIDS
Sigla original da expressão em inglês «Acquired Immune Deficiency Syndrome». Em francês, português e espanhol, a sigla correspondente é SIDA. No Brasil, usa-se AIDS (ver SIDA).

Amígdalas
Também denominados tonsilas, são glândulas constituídas por uma massa de tecido linfóide que tem a forma e o tamanho de uma amêndoa, e situam-se de cada lado da entrada da garganta.

Análises sanguíneas
Testes pormenorizados que servem para verificar, qualitativa e quantitativamente, os constituintes do sangue.

Análogos de nucleósidos
Classe de medicamentos anti-retrovíricos.

Anticorpo
Substância que se forma no organismo em resposta a um antigénio, seja alimentar, químico ou biológico. A sua presença significa que a reacção de defesa do corpo atingiu o pico máximo contra o antigénio que está a afectar o organismo.
Antigénio
Substância que estimula a produção de anticorpos específicos, tem origens diversas, nomeadamente de células vegetais, animais, bactérias ou de albuminas dissolvidas, e pode ser inofensiva, bastante tóxica ou virulenta.
Anti-Retrovíricos
Nome dado aos medicamentos que combatem o VIH, pertencente à família dos retrovírus.

ARN

Abreviatura de Ácido Ribonucleico - ácido nucléico formado a partir do ADN. Transporta aminoácidos e orienta a síntese de proteínas. No caso dos vírus formados por ARN, é o responsável pela transmissão genética. O mRNA é o sintetizador a partir do ADN que actua como modelo de ARN mensageiro (mRNA).

Ataxia

Perda da coordenação dos músculos.
AUC
Designa em inglês, a curva de concentração plasmática de um determinado composto químico / fármaco, ao longo do tempo ("Area Under the Curve").

Baço
Órgão linfático situado no hipocôndrio esquerdo (uma das partes laterais do abdómen por baixo das falsas costelas). Tem a missão de produzir linfócitos que são libertados no sangue circulante, tomando parte nos fenómenos necessários para a síntese de anticorpos. É oval, mole e esponjoso, de cor vermelho-violácea escura. No adulto, mede cerca de 13 centímetros de comprimento e 8 a 10 centímetros de largura e pesa, normalmente, 150 gramas.

Campilobacter
Trata-se de uma bactéria que causa uma infecção a nível gastrointestinal e que pode afectar qualquer pessoa, embora seja mais comum nas crianças com menos de cinco anos e em jovens adultos. Os sintomas tornam-se mais agudos nos idosos e em pessoas com outros problemas de saúde.
Cancro ou carcinoma
Doença, na maioria dos casos mortal, que se caracteriza por uma proliferação anormal e anárquica de células de um tecido ou de um órgão.
Candidose
Infecção causada pelo fungo Candida albicans. Quando localizada a nível genital caracteriza-se por corrimento vaginal esbranquiçado, comichão e inflamação das mucosas (estas ficam avermelhadas e cobertas por placas). Não se transmite apenas por via sexual, contudo, é considerada uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). Nos casos de imunodepressão, pode aparecer também no pénis, na boca, no esófago, entre outros locais do corpo.

Carga vírica
Teste que permite a determinação da quantidade de VIH que está a circular pelo organismo de uma pessoa infectada. A carga vírica é calculada em número de cópias de ARN do VIH por mililitros de plasma.

CCR
5
Proteína receptora das beta-quimiocinas. Encontra-se na membrana das células do sistema imunológico e serve para as células comunicarem entre si.
Célula
Unidade fundamental, morfológica e funcional, de qualquer organismo vivo, de forma variável e dimensões geralmente microscópicas, é responsável pela reprodução, desenvolvimento e hereditariedade dos seres vivos. A maioria tem um tamanho entre 1 e 100 µm (1 micrómetro é igual a 0,001 mm).
Células CD4
Nome dado aos linfócitos T4 ou linfócitos T auxiliadores, que são células do sistema imunológico e o alvo do VIH quando entra no corpo, sendo a partir delas que o vírus se multiplica. Têm como função alertar as outras células para a necessidade de combater os agentes infecciosos invasores.
Células T
Nome dado aos linfócitos T, células que fazem parte do sistema imunológico e que podem ser de dois tipos: T4 e T8. As primeiras alertam o sistema imunológico para a necessidade de lutar contra o atacante; as segundas são aquelas que destroem as células que se encontram infectadas.
Circulação sanguínea
Movimento contínuo do sangue que é provocado e mantido pelo coração, sob o controlo do sistema nervoso, permitindo as trocas indispensáveis ao metabolismo, isto é, ao transporte das matérias nutritivas para os tecidos e à expulsão de resíduos. A sua interrupção causa a morte em instantes.
Citomegalovírus (CMV)
Vírus pertencente ao grupo dos herpesvírus, que pode afectar vários órgãos. A infecção pelo CMV ocorre, muitas vezes, por via sexual. Nos doentes com SIDA, pode afectar os olhos, o sistema digestivo e o sistema nervoso central. Nas pessoas sem alterações imunológicas, geralmente não apresenta quaisquer sintomas, mas pode provocar aumento de volume do fígado ou do baço, erupções cutâneas, irritação na garganta, dor e mal-estar generalizado.

Clamidiose

Também denominada de uretrite ou cervicite inespecífica, é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis e que pode atacar homens e mulheres. Se não for tratada, poderá provocar infertilidade permanente e, em caso de gravidez, haverá riscos de infecção nos olhos ou nos pulmões do feto ou do recém-nascido.

CNLCS

Sigla da Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA. Organismo governamental criado em 15 de Fevereiro de 1990, por despacho ministerial, para coordenar a problemática da infecção pelo VIH/SIDA a nível nacional e estabelecer as necessárias articulações em termos internacionais. Foi extinta em 2005.
Cocktail
Nome popular dado ao conjunto dos comprimidos e cápsulas que compõem a terapia combinada de anti-retrovíricos.

Codão

Do inglês Codon, é uma sequência de três nucleotídeos numa molécula de ADN ou ARN mensageiro que forma um código para a criação de cada aminoácido de uma proteína.

Código genético
O mesmo que Genoma.

Cryptosporidium

Nome de um protozoário que pode causar diarreia.

Cromossoma
Pequeno corpo, formado principalmente por ADN e proteínas, que se encontra no núcleo das células e em cuja estrutura se encontram os genes.

CXCR
4
Proteína receptora das alfa-quimiocinas. Encontra-se na membrana das células do sistema imunológico e serve para as células comunicarem entre si.

Depressão
Diminuição das capacidades de um órgão. Termo geralmente utilizado para caracterizar um estado mental confuso, associado a uma fadiga permanente, falta de concentração e coordenação de ideias, ansiedade e tristeza.

DST

Sigla de Doença Sexualmente Transmissível. Engloba qualquer doença infecciosa causada por microorganismos transmitidos por contacto sexual. Entre as DST encontram-se, além da SIDA, a sífilis, a gonorreia e a clamidiose. Popularmente, este tipo de maleitas é conhecido por doenças venéreas.

Efeitos secundários
Conjunto de manifestações patológicas que sucedem após a toma de um medicamento.

ELISA
Sigla de «Enzime Linked Immuno-Sorbent Assay». Testes utilizados para detectar a presença de anticorpos para o VIH (mas não só) e que são a primeira forma de diagnóstico da seropositividade, já que permitem detectar a presença de anticorpos do VIH no sangue.

Enzima
Substância orgânica, constituída por proteínas e produzida por células vivas, que actua como acelerador de certas reacções químicas.
Espermicida
Actua na superfície dos espermatozóides, impedindo que estes se movam e alcancem o óvulo. Usado isoladamente, não é eficaz na prevenção contra as doenças transmitidas sexualmente, nem para evitar a gravidez. Utilizado com o preservativo aumenta em muito a eficácia.

Exantema

Erupção da pele, de cor vermelha.
Falso-negativo
Análise serológica cujo resultado se revela negativo embora a pessoa esteja infectada. Este resultado pode dever-se ao facto de o doente ainda não ter desenvolvido anticorpos (durante o chamado período janela) ou de a doença estar já num estado demasiado avançado que o organismo se torna incapaz de produzir anticorpos.

Falso-positivo
Análise serológica cujo resultado se revela positivo embora a pessoa não esteja infectada. Este resultado surge algumas vezes nos testes de triagem do tipo ELISA (entre três a 15 por cento), podendo surgir associado a outras infecções intercorrentes. A realização de um teste de Wester blot (teste de confirmação) exclui a existência de infecção pelo VIH.

Gânglios linfáticos
Formação correspondente a cada uma das dilatações que aparecem no trajecto de vasos linfáticos.
Gastrointestinal
O mesmo que gastrintestinal. Referente aos órgãos do aparelho digestivo.

Glóbulos brancos (Leucócitos)
Células sanguíneas que têm origem na medula óssea e formam os constituintes básicos do sistema imunológico humano.
Glóbulos vermelhos (Eritrócitos)
Células sanguíneas que, a partir dos pulmões, levam a todo o organismo oxigénio. A sua cor vermelha deve-se à presença da hemoglobina.
GRID
Sigla de «Gay-related Immune Deficiency», nome pelo qual a SIDA era conhecida, após a descoberta dos primeiros casos, quando os investigadores julgavam que a doença só afectava homens homossexuais.

Hemofilia
Doença hereditária que significa a ausência de uma das proteínas responsáveis pelo processo de coagulação do sangue (FACTOR VIII), o que facilita a ocorrência de hemorragias. Os hemofílicos precisam de receber periodicamente transfusões de sangue para normalizar a coagulação sanguínea.

Hematúria
Presença de sangue na urina.

HIV

Sigla de «Human Immunodeficiency Vírus» (Vírus da Imunodeficiência Humana)

Ideação

Doença do foro psiquiátrico que pode revelar-se numa mania da perseguição ou numa tendência suicida.

Imunidade
Resistência natural ou adquirida a uma doença, proporcionada pelo sistema imunológico. A imunidade pode ser parcial ou completa, específica ou não específica, de longa duração ou temporária.

Imunização
O processo de proporcionar imunidade. Chama-se imunização activa quando é administrado um antigénio (vacina) para permitir ao sistema imunológico evitar a infecção quando entra em contacto com o agente infeccioso. Chama-se imunização passiva quando se administram directamente anticorpos para combater a infecção.

Imunodeficiência
Incapacidade de resistir a infecções por deficiência, congénita ou adquirida, do sistema imunológico.

Imunodepressão

O mesmo que imunossupressão. Diminuição ou supressão das reacções imunológicas do organismo, que pode ser devida a infecção ou ser obtida através de meios terapêuticos.

Inibidores da Transcriptase Reversa (RTI)
Conjunto de medicamentos usados no tratamento dos seropositivos que actua sobre a enzima transcriptase reversa do VIH e que podem ser do tipo nucleósidos (ver NRTI) e não-nucleósidos (ver NNRTI).
Integrase
Uma das três enzimas que o VIH utiliza no seu ciclo de reprodução.
in vitro
Nome dado às experiências feitas em laboratório, num tubo ou proveta, para estudar processos e reacções dos organismos vivos, mas sem os utilizar na análise.

Lentivírus

Retrovírus de crescimento lento.

Licor
Solução ou soluto.

Linfa
Líquido esbranquiçado, ou levemente amarelado ou rosado, em circulação nos vasos linfáticos, que é constituído essencialmente pelo plasma e por glóbulos brancos.
Linfócitos
Células do sangue presentes no tecido conjuntivo, directamente relacionados com o sistema imunológico. Um dos tipos de Leucócitos ou Glóbulos Brancos. Podem ser de dois tipos: B (Bursa de Fabrícius) e T (Timo).
Linfóides
Pertencente ou relativo aos gânglios linfáticos ou à linfa.

Lípidos
Substâncias orgânicas cujas moléculas de base são os ácidos gordos.

Lipodistrofia

Alteração do metabolismo dos lípidos que resulta em alteração da distribuição de gordura no organismo.

Macrófagos

Um dos tipos de Leucócitos ou Glóbulos Brancos. Células do sistema imunológico. São uma espécie de super-células que atacam e digerem uma grande diversidade de elementos, como restos celulares, substâncias estranhas e bactérias. Encontram-se em quase todos os tecidos do corpo e são derivados dos monócitos do sangue periférico.

Micróbio
Ser vivo, animal ou vegetal, de dimensões tão pequenas que só pode ser visto com um microscópio.
Microorganismo
Organismo, animal ou vegetal, de dimensões microscópicas.
Miopatia
Qualquer doença relacionada com os músculos.

NRTI

Sigla, em inglês, de «Nucleoside Reverse Transcriptase Inhibitor» (Inibidores Nucleósidos da Transcriptase Reversa).

NNRTI

Sigla, em inglês, de «Non-Nucleoside Reverse Transcriptase Inhibitor» (Inibidores Não-Nucleósidos da Transcriptase Reversa).

Organização Mundial de Saúde
Nascida, oficialmente, a 24 de Outubro de 1945, data em que a sua Carta foi assinada pela maioria dos 51 Estados Membros fundadores, tem por objectivo a união de todas as nações do mundo em prol da paz e do desenvolvimento, com base nos princípios de justiça, dignidade humana e bem-estar de todos. Actualmente, é composta por 189 estados-membros (www.who.int).

Parestesia

Alteração da sensibilidade (sensação de formigueiro, picadelas, queimadura, etc).

Patologia
Parte da medicina que estuda as origens, sintomas e natureza das doenças. Pode, também, ser sinónimo de doença.

PCR

Sigla do inglês «Polimerase Chain Reaction», isto é: Reacção de Polimerização em Cadeia. É um método laboratorial que permite detectar a presença do vírus no sangue, amplificando o seu genoma. É a metodologia mais sensível e específica, disponível até o momento para a análise de genes e seus transcritos.

Plasma
Parte líquida do sangue de onde foram retiradas as células vermelhas e brancas e de onde foi interrompido o processo de coagulação.
Polimerase
Ver PCR

Protease

Uma das enzimas que o VIH utiliza para se replicar.
Proteína
Composto orgânico que forma um dos elementos básicos dos organismos animais e vegetais. É constituída por carbono, oxigénio, hidrogénio, azoto, e, por vezes, enxofre e fósforo.

Protozoário
Ser constituído por uma única célula

Replicação vírica
Reprodução do vírus.

Retrovírus

Família a que pertence o Vírus da Imunodeficiência Adquirida. Tipo de vírus que, para se reproduzir, desencadeia um processo de conversão reversa de seu material genético, utilizando uma enzima específica (transcriptase reversa) e outras enzimas das células do indivíduo infectado.

Salmonella

Bactéria que se aloja nos intestinos do Homem e de outros animais, do género Salmonella, que é o agente das salmoneloses.
Sarcoma de Kaposi
Tipo raro de cancro que acomete os doentes com SIDA sendo a pele o local mais frequentemente atingido.
Secreções vaginais
Fluidos produzidos por glândulas anexas ao aparelho reprodutor feminino e que servem para lubrificar a vagina.

Sémen
Fluído composto de espermatozóides e outras secreções produzidas por glândulas anexas ao aparelho reprodutor masculino.

Seropositivo
Pessoa infectada pelo VIH.

SIDA
Acrónimo de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, doença que pode ser mortal, causada por um vírus que é transmitido por via sexual, através de transfusões de sangue ou por agulhas e objectos contaminadas e da mãe para o filho, durante a gravidez, o parto ou, através da amamentação.
Síndrome
Conjunto bem determinado de sintomas e sinais que não caracterizam necessariamente uma só doença, mas um grupo de doenças.

Sintoma
Manifestação subjectiva que pode dar indicações sobre uma doença.

Sistema imunológico
Parte do organismo que assegura a defesa contra ataques de agentes infecciosos.

Sistema linfático
Conjunto de vasos que ajuda o sistema vascular sanguíneo na remoção de impurezas. Distribui pelo corpo as gorduras recolhidas nos intestinos, e contribui para o funcionamento dos mecanismos de defesa do organismo.

SIV

Sigla, em inglês, de «Simian Immunodeficiency Vírus» (Vírus da Imunodeficiência dos Símios).

Soro
Parte líquida do sangue da qual foram retiradas as células brancas, vermelhas e as substâncias de coagulação.

Terapêutica combinada
Tratamento com dois ou três medicamentos anti-retrovíricos, em simultâneo, o que significa tomar várias cápsulas ou comprimidos por dia. A indicação do número de medicamentos e a sua posologia devem ser sempre determinadas pelo médico, segundo o estado clínico, a carga vírica e o número de células CD4 do doente.

Testes serológicos
Análises ao soro destinadas a detectarem a presença de anticorpos contra determinado antigénio.

Toxoplasmose
Doença causada por um protozoário, denominado Toxoplasma gondii. Pode infectar mamíferos em geral.
Transcriptase reversa
Uma das enzimas essenciais à reprodução do VIH. Encontra-se apenas em retrovírus (vírus com genoma de ARN) e foi descoberta em 1970.

UNAIDS
Acrónimo de «Joint United Nations Programme on HIV/AIDS», isto é: Programa Internacional de Combate à SIDA, participado pela Organização Mundial de Saúde ( www.unaids.org).

Vacina
Substância biológica, preparada com agentes infecciosos ou por recombinação genética, que impede o desenvolvimento de doenças provocadas pelos agentes infecciosos de que é constituída.

VIH
Sigla de Vírus da Imunodeficiência Humana, o microorganismo que provoca a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA).

Vírus
Microorganismo infeccioso, geralmente constituído por uma molécula de ácido nucléico revestida de proteínas. Sem metabolismo independente e apenas conseguindo reproduzir-se no interior das células vivas do organismo hospedeiro, este agente infeccioso é o causador de inúmeras doenças contagiosas.

Vitamina
Substância sem qualquer valor energético, mas indispensável ao bom funcionamento do organismo. É fornecida através dos alimentos ou por via medicamentosa.
VIS
Sigla de Vírus da Imunodeficiência Símia. Um vírus semelhante ao VIH que infecta macacos e causa uma doença semelhante à sida em algumas espécies.

Sunday, November 12, 2006

Personalidades que faleceram com Sida

A
David J. Acer
Peter Adair
Alvin Ailey
Peter Allen
Carlos Almaraz
Néstor Almendros
Sheldon Andelson
Gordon Stewart Anderson
Angus Suttie
A. J. Antoon
Emile Ardolino
Arthur Ashe
Howard Ashman
Isaac Asimov
Rick Aviles
Tony Azito
B
Simon Bailey
Jack Baker
Kuwasi Balagoon
Baltimora
Way Bandy
Charlie Barnett (actor)
Crawford Barton
David Bell
Michael Bennett
Kimberly Bergalis
Christopher Bernau
Nozipho Bhengu
John Bindon
Amanda Blake
Allan Bloom
Jorge BoletJohn
Boswell (historiador)
Leigh Bowery
Alan Bowne
Steve Boyd
Alexis Brimeyer
Harold Brodkey
Robert Brownlee (químico)
Glenn Burke
Geoffrey Burridge
Merritt Butrick
C
Michael CallenBobbi
Campbell
Gia Carangi
Warren Casey
Cazuza
Stuart Challender
Gerald Chapman (director)
Ian Charleson
Bruce Chatwin
Robert Chesley
Paddy Chew
Tina Chow
Roy Cohn
Dennis Coi
Cyril Collard
Dolzura Cortez
Patrick Cowley
Brian Coyle
John Curry
D
Sam D'Allesandro
Jacob Dahlin
Serge Daney
Nicholas Dante
Brad Davis (actor)
Esteban De Jesús
Lisa De Leeuw
Martin de Maat
Tony De Vit
Bobby DeBarge
Tory Dent
Patrick Esposito Di Napoli
Diceman (entertainer)
Karen Dior
Kiki Djan
Terry Dolan (político)
Jorge DonnCasey Donovan (actor pornográfico)
Ulysses Dove
James K. Dressel
Robert Drivas
Gaëtan Dugas
E
Eazy-E
Youri Egorov
Ethyl Eichelberger
Denholm Elliott
Perry Ellis
Esquerita
Kenny Everett
Tom Eyen F
David B. Feinberg
Wayland Flowers
Althea Flynt
Tom Fogerty
Michel Foucault
Vincent Fourcade
Xavier Fourcade
Richard Frank (actor)
Robert Fraser
Leonard Frey
Tom Fuccello
G
Paul Gann
Alison Gertz
Ray Gillen
Christopher Gillis
Paul Giovanni
Elizabeth Glaser
Choo San Goh
Bill Goldsworthy
Félix González-Torres
Eve van Grafhorst
Kenny Greene
Howard Greenfield
Steven Grossman (músico)
Matt Gunther
H
Kevin Peter Hall
Halston
Antony Hamilton
Calvin Hampton
David Hampton
Vincent Hanley
Michael Hardwick
John Hargreaves (actor australiano)
Keith Haring
Dan Hartman
Stephen D. Hassenfeld
Bob Hattoy
Ofra Haza
Essex Hemphill
Sighsten Herrgård
Richard A. Heyman
Hibiscus (entertainer)
Colin Higgins
Terry Higgins
René Highway
John Hirsch
Guy Hocquenghem
John Holmes (actor)
Rock Hudson
Peter Hujar
Richard Hunt
I
Arturo Islas
J
Gervase Jackson-Stops
Paul Jacobs (pianista)
Sterling St. Jacques
Sylvester James
Derek Jarman
Dr. Peter Jepson-Young
Michael Jeter
Jobriath
Robert Joffrey
Nkosi Johnson
K
Bernard Kabanda
Trevor Kent
Larry KertJ.W. King
Jon King (actor pornográfico)
Kris Kirk
James Kirkwood, Jr.
Kiyoshi Kuromiya
Fela Kuti
Michael Kühnen
L
Héctor Lavoe
Irving Allen Lee
Liberace
Melvin Lindsey
Roy London
Lance Loud
Suzi Lovegrove
Charles Ludlam
Michael Lupo
Philly Lutaaya
Billy Lyall
M
Makgatho Mandela
Robert Mapplethorpe
Rosa Martinez and Eliana Martinez
Leonard Matlovich
David McCalden
Robert McCall (skater)
Peter McGehee
Stewart McKinney
Peter McWilliams
John Megna
Freddie Mercury
Ernest Matthew Mickler
Andy Milligan
Miss Lucy
Kongulu Mobutu
Paul Monette
Frank Moore
Jacques Morali
Jean-Louis Morin
Darrin Morris
Cookie Mueller
Alan Murphy
Timothy Patrick Murphy
Jeffrey Mylett
N
Wade Nichols
Willi Ninja
Simon Nkoli
Arvid NoeKlaus Nomi
Rudolf Nureyev
Tommy Nutter
O
David O'Brien
Scott O'Hara
David Oliver (actor)
Stephen Oliver
P
Al Parker
Felix Partz
Ilka Tanya Payan
Anthony Perkins
Michael Peters
Chris Phatswe
Rod Phillips (actor pornográfico)
Lonnie Pitchford
Bernhard Pock
Brian Pockar
Louis Hendrik Potgieter
Keith Prentice
John Preston
R
Kurt Raab
Johnny Rahm
Dack Rambo
Black Randy
Grethe Rask
Ray brothers
Gene Anthony Ray
Robert Reed
Tony Richardson
Tim Richmond
Marlon Riggs
Larry Riley (actor)
Robert R.Max Robinson
Howard Rollins
Mitch Rosario
Scott Ross
Steve Rubell
Arthur Russell (músico)
Craig Russell (actor)
Renato Russo
Vito Russo
Lee Ryder
Richard Ryder (actor)
S
Anthony Sabatino
Murray Salem
Marcelino Sanchez
Ed Savitz
Nicholas Schaffner
Jay Scott
Franklyn Seales
John Sex
Tommy Sexton
Ray Sharkey
Paul Shenar
Bill Sherwood
Randy Shilts
Jack Smith (director de filmes)
Jerry Smith (jogador de futebol)
Willi Smith
Warren Sonbert
Michael Staniforth
Ian Stephens (poet)
Steve Maidhof
Marc Stevens (actor pornográfico)
Gordon Stevenson
Jermaine Stewart
Eric Stryker
Stephen Stucker
Michael Sundin
TLucille Teasdale-Corti
Ösel Tendzin
William J. G. Turner
V
António Variações
Joseph Vasquez
Ron Vawter
Yvonne Vera
Tom Villard
W
Tom Waddell
Robert Wagenhoffer
Matthew Ward (escrito)
Perry Watkins
Michael Westphal
Ryan White
LeRoy Whitfield
Alan Wiggins
Alexander Wilson (escritor)
Douglas Wilson (activista gay canadiano)
Ricky Wilson (músico americano)
Theodore Wilson
David Wojnarowicz
Y
Joey Yale
Z
Pedro Zamora
Jorge Zontal